sábado, 22 de dezembro de 2007

Praga... cheguei!

6h35... toca a levantar!

O avião que me levará a Praga (Républica Checa) não vai esperar por mim se eu não tirar a preguicite de cima.

O quê? Já são 7h15? Ai meu Deus!

Desço as escadas acelarada, com o meu fiel saco vermelho que comprei em Paris no dia 26 de Dezembro de 2003. Passo pelos "broncos" para deixar o "Tipo" na Garagem e apanho um taxi que me leva ao aeroporto da Portela.

Ckeck-in feito (voo TP 522), dirijo-me ao meu barzito para comer o mesmo de sempre (uma sandes e uma coca-cola).

Atravesso a porta 21 e entro no autocarro que me deixa à beira das escadas do avião.
"Bom dia!"... Ora bem, nº 13C... instalo-me, deixando ao meu lado o guia da American Express que comprei à pouco depois de ter terminado o pequeno almoço.

"Quer a minha salada?" Foi o suficiente para passar o restante tempo de voo a falar de experiências de férias com uma portuguesa que vive em Bruxellas e trabalha nos serviços da C.E..Vai passar o Natal a Budapeste com o filho, a nora e a netinha de 11 meses.

"Bom Natal e bom resto de viagem". 13h40, saio do avião e contemplo a neve e gelo que me rodeia do outro lado dos vidros. Afinal é mesmo Natal por estes lados!
Sim, é verdade, contra todas as previsões metereológicas, em vez de sol, vejo tudo branco. Cinco graus negativos tinha anunciado o comandante pouco depois da descolagem e confirmado antes da aterragem.

Troco euros por coroas enquanto aguardo pelo meu saco vermelho.
Compro um passe válido para 7 dias (a diferença do de 3 dias é minima) e para todos os transportes (metro, eléctrico e autocarro).

Aí vem ele, o nº 119 que me levará até ao metro.
Sempre orientada por um simpatiquissimo checo, para quem a canadiana não é impedimento para mostrar a sua hospitalidade, faço uma calma viagem admirando a paisagem que começa toda pincelada de branco mas que à medida que o centro da cidade se aproxima vai dando lugar ás restantes cores do inverno.

Linha verde, troco para a vermelha, e desço em I.Pavlov. Uns metros à frente e aí está ele, o Ibis Venceslau Square. Quarto nº 105, não fumadores.

Dou início à minha visita pela cidade apenas a uma paragem de metro de distância: "Museum".

A Amélia tinha razão quando comparou a Praça Venceslau com a Av. dos Aliados. É verdade, ao desce-la só faz mesmo lembrar a Invicta. Em vez da Cãmara Municipal temos o museu Nacional, com uma estátua de Venceslau a cavalo.
Restaurantes, snack-bares, hóteis, casinos, não faltando o tio Mac Donald's :-)

Uma paragem para um lanchinho (chocolate quente comido à colher e uma tosta mista).

Ao fundo da Praça Venceslau, um presépio em madeira e um conjunto de barraquinhas formam um pequeno bazar de Natal.

Que cheirinho... hummmm... que doces!!! Bolinhos diversos, passando pelas filhós e chegando ás "rosquinhas". Estas últimas são feitas com um bocado de massa que depois de ser esticada com as mãos em rolinhos, formando umas pequenas tiras, são enrroladas à volta de uns cilindros de metal, pinceladas com um molho doce (mel?) e passadas por açucar granulado. Os cilindros são depois colocados em espetos rotativos até que a massa esteja cozida. Demora poucos minutos até que estejam douradinhas e sejam depois cuidadosamente retiradas dos cilindros e entregues aos gulosos. Tenho que provar disto!

Vou andando apenas baseada no meu sentido de orientação e chego ao Teatro Nacional.

"Carlov Most?"
"On the right"
Já a vejo iluminada, destingue-se entre as demais.

Bazar dos cristais... acho que já sei o que vou comprar para a minha Mãe...

Começo a atravessar a famosa Ponte Carlos. É realmente linda e diferente tal como me tinha dito o João. É verdade, como me apetecia dizer-lhe isto...

Aprecio-a e tiro fotografias invisíveis a cada uma das suas estátuas, neste ambiente noturno e romântico provocado pela gélida calmaria que S. Pedro proporciona aos visitantes natalicios, aliada ás luzes amarelas dos holofotes.

Chego ao Bairro Pequeno (Mala Strana). Em frente, viro na 1ª à esquerda, conforme me havia dito a Amélia.
Ei-la! A Igreja da Victória, mais conhecida pela Igreja do Menino Jesus de Praga. Fechada? hummmm... não faz mal, venho cá amanhã à Missa das 18h que vai ser celebrada em Italiano.

Apanho o eléctrico para o centro da Cidade Nova. Vou-me continuando a aquecer nas lojas em que regularmente entro e demoradamente aprecio. Afinal, o objectivo é tentar não congelar :-)

Chego à Praça da Cidade Velha. Está na hora de enganar o estômago novamente, que já reclama por uma salsicha assada dentro de uma baguete com maionese e ketchup. Vinho quente? Não. Prefiro um copo de chá quente.

Partilho, de pé, a mesa com duas russas que apesar da sua nacionalidade estão com tanto ou mais frio do que eu. Não acho normal!

A Praça é e está muito bonita. Grandes arvores de Natal, super elegantes, anjos, barraquinhas de comes e bebes (para além das salsichas pode-se também encontrar espetadas de frango, crepes doces e uma variedade de outros doces, para além das sempre presentes "rosquinhas".

As estreitas ruas e arcadas da Cidade Velha são um regalo para os olhos qualquer turista.

São cerca de 22h, está um frio de rachar!

Chego à Praça da República, vejo um big centro comercial, "Palladium". Claro que vou entrar... :-)
Estes checos têm mesmo bom gosto! Fiquei fã até das casas de banho.
Isto sim, é qualidade.

As 23h chegaram num ápice. Não há tempo para cuscar tudo. Não faz mal, amanhã volto.

Agora é só mesmo apanhar o metro e ir até à minha caminha, que amanhã o dia vai também começar cedinho. Vida de turista é cansativa :-)

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