segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Foi aqui que pediram um cozinheiro?...

Bom dia! ???? Passaste-te? ??? És mesmo doido!!!

Tanta coisa!

"Só quero que me dês uns tachos e podes-te ir embora".
"Ok, concerteza... então adeus, diverte-te" :-)

Uma hora mais tarde...13h40... ambos sentados à mesa (quem pôs a mesa fui eu, tinha que fazer alguma coisa, né?), e sobre ela um belo repasto:

* queijo da serra com tostas;
* salsichinhas fritas enrroladas em bacon;
* migas de espargos feitas com broa de milho e acompanhadas de entrecosto frito;
* vinho tinto fornecido pela adega da casa...

Boa comida, boa bebida (confesso que ao fim de uns golitos tive que ir buscar um chá verde... a mioleira tava a começar a dar sinal e eu tinha que ir para Lisboa dar um beijinho de fim de ano à Celeste e à Mãe, ambas produto 5*) e muito boa companhia!

Quase não me endireito de tão cheio estar o estômago :-)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O regresso a Lisboa...

Levanto-me, acabo de arrumar o saco, faço o check-out e apanho o eléctrico para a Igreja da Vitória.
Ajoelho-me junto ao altar onde está o Menino Jesus de Praga. Rezo!
Vou á sacristia e peço a um sacerote para incluirem na Missa que vai começar uma oraçao pelo meu Pai. Diz-me que não é possível pois já têm uma intenção. No entanto promete-me que vai rezar por ele enquanto o outro colega vai celebrar a Missa.

Deixo-lhe um pedido para que logo que possível celebrem uma Missa pelas melhoras do meu Pai. Escrevo o nome num papel e agradeço.
Informa-me que poderei também escrever a intenção num papel e colocá-la num cesto que está junto à exposição de presépios. Diz-me que daí a dois dias levarão esse cestinho com os papeis para junto do altar do Menino Jesus. É o que faço.

Começa a Missa. Como é celebrada em checo, aproveito para ir rezando o terço. Sou interrompida mais do que uma vez pelo Du (a dar-me notícias do meu Pai) e também pela minha Mãe.
O tempo está a passar. Preciso de me ir embora para o aeroporto.
Digo "até daqui por pouco tempo, Menino Jesus de Praga. Vou voltar para vos agradecer o facto do meu Pai ficar bom".

Ás 14h00 o avião levanta voo do aeroporto de Praga. Fará ainda escala em Budapeste.

As lágrimas correm-me pela face enquanto tento pensar que dentro em breve regressarei para cumprir a promessa que fiz há cerca de 4 horas antes, diante da imagem do Menino Jesus de Praga que se encontra na Igreja da Vitória no Bairro Pequeno da cidade.

Assim que o avião aterra em Budapeste ligo à minha Mãe para saber noticias. Diz-me que está ao lado do meu Pai e que ele está bem disposto, com melhor aspecto e com poucas dores. Soube tão bem ouvir isto!

São 18h30, o avião aterra em Lisboa. Houve um turbilhão de sentimentos quando avistei Lisboa ainda do ar...
Logo que entro no autocarro que me levará ao edifício do aeroporto, ligo para a minha Mãe. A minha ansiedade em saber notícias é grande. O meu Pai continua bem disposto. Digo-lhe que vou buscar a mala, depois o carro que deixei na garagem do trabalho e seguirei para o hospital.

Despeço-me da Prima Cristina e entro no taxi. Ficou combinado que quando ela regressar de Budapeste e da Jamaica nos iremos encontrar.

Atravesso a ponte e chego ao hospital. São 20h20.
Cumprimento a minha Mãe e esforço-me por conter umas lágrimas que querem sair. Estou super sensível.

Dirigimo-nos à enfermaria onde está o meu Pai.
Entro, o Sr. que está na cama do meio acende a luz, e vou até junto da janela onde está o meu Pai deitado.

Finalmente posso dar um beijo ao meu Pai!!! E dou, um beijo demorado que ele percebe ser bem sentido...
Ofereço-lhe a imagem do Menino Jesus de Praga que lhe comprei ontem (uns minutos depois de saber que ele estava doente) conjuntamente com a pajela que o Sr. Padre me deu.
Acho que ele percebeu a mensagem...

Falamos apenas alguns minutos. Diz que se sente melhor, que tem dores mas que são já bem menos que ontem. Agora é mais uma moinha. Está a soro e a medicação intra-venosa.
Pedi ás enfermeiras para me deixarem ver o meu Pai, apesar de já ter passado a hora da visita, e elas foram muito simpáticas comigo. Não quero abusar.

Despeço-me. Vou muito mais calma agora para casa.

A minha Mãe faz-me companhia ao jantar. Vamos ao Fórum comer um bifinho. Ela está exausta. Precisa de se alimentar e de me contar tudo o que se passou para ver se acalma.

Com o estômago já mais confortado levo-a a casa. Uma boa noite de sono, é o que precisamos todos!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Natal?

Pois é verdade, estava o concerto de Natal (dia 25 Dezembro) quase a terminar na Casa Municipal de Praga quando começa a vibrar o meu telemóvel. Vejo quem é (era a minha Mãe) e rejeito a chamada. Logo a seguir volta a vibrar. A minha Mãe de novo. Penso cá p'ros meus botões: liga-me sempre quando estou em situação de não poder atender. No dia 24 ligou-me quando estava na Missa do Galo :-)

O concerto termina, recebo uma mensagem pouco agradável/simpática de alguém que passado 24h resolveu responder a um sms simpático que lhe havia enviado. Bem, é melhor mesmo esquecer...

Uns passos mais à frente e ligo para a minha Mãe a fim de lhe dizer que estava toda satisfeita, que tinha acabado de sair de um lindo concerto de Natal, que estava a gostar muito de Praga, que estava toda satisfeita, etc, etc.

A minha Mãe atende o telefone e antes que eu lhe contasse todas as coisas boas que me estavam a acontecer, diz-me: "tenho uma noticia nada agradável para te dar... é o teu Pai... começou a sentir-se mal e teve que vir para as urgências do hospital. Estamos aqui com ele. O médico disse-nos que tem que ser operado esta noite ou amanhã estará morto. Estão-lhe a fazer uma série de exames. Não sabemos quando teremos o diagnóstico final."

Claro está que o meu Natal terminou neste momento. Tento acalmar a minha Mãe e dizer-lhe que tudo vai correr bem... será que sim? Lembro-me de imediato do pressentimento que tive ao despedir-me do meu Pai antes de vir para Praga... vai acontecer alguma coisa de mal com ele!
Bolas, a expressão dele não me sai da cabeça. As lágrimas começam a cair e o desespero de poder não voltar a ver o meu Pai aumenta... preciso pensar, não consigo, mas é preciso ter calma.

Por onde começar? Claro, é evidente, a primeira coisa a fazer é recorrer a quem me poderá realmente ajudar, ou melhor, a quem poderá realmente ajudar o meu Pai. Começo a pedir a Deus, começo a rezar. Estou em Praga, ouvi dizer que o Menino Jesus de Praga é uma Imagem milagrosa. É isso, peço, imploro ao Menino para que o meu Pai não tenha nada de grave. Sei que parece maluqueira depois do que o médico disse, mas...é uma questão de fé.

Passo seguinte...tenho que carregar o telemóvel para poder continuar a fazer e receber chamadas. Tenho que ligar para um dos meus amigos que tenha um computador por perto. Sou bem sucedida. O Rui como sempre está pronto a ajudar-me. A seguir ligo para a Tap e consigo alterar a data do voo de regresso para o dia seguinte. É bom, mas mesmo assim só chegarei a Lisboa pelas 18h30.

Despeço-me da incansável Prima Cristina (fez de tudo para me conformar e animar) à porta do metro (estação Mustek) que se encontra coladinha com o hotel dela (Liberty). Combinamos encontrarmo-nos no aeroporto no dia seguinte. A primeira que chegar liga.

Mal fico sózinha, encosto-me à parede lateral das escadas e desato a chorar. Não consigo parar. Momentos extremamente difíceis que jamais poderei esquecer.

Chego ao hotel com uma tristeza indescritível.

Ligo para o meu amigo Du. Os sobrinhos dele trabalham no hospital onde está a ser asistido o meu Pai. Infelizmente nenhum dos dois lá está :-(
Uma vez que ele hoje está em casa desses sobrinhos, peço-lhe para que eles tentem obter informações mais precisas sobre o estado do meu Pai.
Apenas se consegue saber que lhe estão a repetir a ecografia abdominal.

Converso com os meus Amigos... Nossa Senhora, Jesus, Deus, Espirito Santo, Anjo da Guarda, todos, mas mesmo todos! Rezo, rezo muito. É a única coisa que posso fazer.

As horas que se seguiram pareceram intermináveis!

Apenas ás 4h15 da manhã consegui ter um diagnóstico final... não precisa de ser operado porque afinal tem uma pancreatite aguda e não uma perfuração. Vai ficar internado por algum tempo. Apesar de tudo, este diagnóstico já é bem melhor. Obrigada Menino Jesus de Praga, sabia que podia contar Convosco!

Dia de Natal de 2007

Mais um dia que toca a levantar cedo... quero ir à Missa de Natal na Catedral de S. Vito, na zona do Castelo.

Olho para a roupa que está na cadeira, em cima da bancada junto à janela e mesmo a pendurada nos cabides no roupeiro, e apetece-me começar a dobrá-la toda. E começo! Que se está a passar comigo? Que apetite estranho me deu logo ao acordar? Logo a mim, que de menina arrumadinha tenho muito pouco... devo estar doida, ainda faltam dois dias para me ir embora e está-me a dar para arrumar tudo?... Até que punha já a roupa no saco de viagem... não, nada disso!!
Vou mas é tomar banho que se está a fazer tarde. Tenho ainda que tomar o pequeno almoço e estar ás 11h em S. Vito (desconfio que deve ser a hora da Missa).

Como apressadamente, apanho o eléctrico que me leva á porta que fica do lado da Catedral. Fila para entrar? Não, já percebi, tenho que esperar que as pessoas da celebração anterior saiam para que o guarda de serviço dê entrada aos fieis que vão agora à missa das 11h.

É realmente mágnifica! Imponente!

Sento-me na primeira fila (afinal hoje é dia de Natal, quero ver as cerimónias todas). A Missa começa em língua checa... não faz mal, dá para ir acompanhando (pelo menos as partes que não sejam leituras ou orações próprias do dia).

Vou observando o que se passa à minha volta: a rapariga que está sentada ao meu lado esquerdo, de semblante e postura reservada, tem uma voz linda. Nota-se que está habituada a cantar.
Uma menina pequenina que percorre a lateral direira junto aos bancos, é engraçadissíma com as suas luvas vermelhas presas ao fundo das mangas do casaco. Os movimentos provocados pelos seus bracinhos sempre irrequietos são uma delícia:-)

No final da Missa aproveito para dar um beijinho ao Menino Jesus que está deitado numa manjedoura aos pés do altar.

Já que estou dentro da Catedral e não sei se terei tempo para lá voltar, aproveito para, antes de congelar completamente, tirar umas fotos.

Chega, basta! Já não aguento mais... tenho que ir rapidamente aquecer-me em algum sítio senão morro congelada :-(
Já não sinto as mãos e os pés doem-me imenso do frio.
Saio da Catedral e entro num espaço de exposição que existe mesmo ao lado da Catedral. As senhoras que estão na bilheteira ficam a olhar para mim de boca aberta... entrei como um furacão por ali a dentro e fui direitinha a um aquecimento :-)

Bem, vou até ao hotel para ir buscar o cascoul que me esqueci, e aproveito para mandar um sms à Prima Cristina para ver onde anda e onde nos encontramos.
Lá vou eu para a paragem do eléctrico congelar novamente :-(

Para não variar nada :-) o ponto de encontro é o Palladium.
Almoçamos um belo menú natalicio... hamburguer com batatas fritas e coca-cola... mas num restaurante de fast food muito in... muito bonito :-)

Hoje vai ser muito mais fácil e rápido chegar ao Bairro Judeu... :-)

Começamos por ver o Cemitério Judeu enquanto ainda era de dia. Impressionante o número de lápides (12.000) existentes em tão pouco espaço! Mais impressionante ainda se pensarmos que existem 12 camadas de campas!

Ao lado do cemitério encontra-se a Sinagoga Pinkas que serve de memorial a todos os judeus checoslovacos aprisionados no campo de concentração de Tezerín e que depois foram deportados para diversos campos nazis. Estão incritos 77.297 nomes nas paredes da sinagoga e que se referem a judeus que não regressaram. Vimos também uma exposição de desenhos feitos pelas crianças do campo de Tezerín, sobre cenas do seu dia a dia.

Temos ainda tempo para visitar o Sinagoga Espanhola, cujo preço estava incluído no do bilhete aos outros dois monumentos.

Esta foi a primeira sinagoga de Praga. Pode-se ver uma exposição sobre a história dos judeus da Boémia. Chama-se Sinagoga Espanhola porque há quem diga que o seu interior faz lembrar Alhambra. É Linda!

São 16h20 e a partir de agora está tudo fechado à excepção de algumas lojas com artigos para turista comprar...

Dado que o Concerto de Natal para o qual temos bilhetes só começa às 20h e as portas se abrirão apenas a partir das 19h30, temos um problema... onde passar as próximas 3h??? Deambulando pelas ruas que já foram vistas e revistas vezes sem conta? E o frio? Hummm..., contra factos não há argumnetos pelo que vamos seguindo calamamente pela Rua de Paris em direcção à Praça Velha e apreciando as lojas e boutiques favoritas dos nipónicos: Cartier, Louis Viton, etc, etc.

Este restaurante tem bom aspecto, parece típico, descontraído e acolhedor. Vamos entrar e jantar aqui... para começar uma "Becherovka" para aquecer a alma e o corpo :-)

O jantar, extremamente agradável, terminou já passava das 19h30... lá fomos em passo acelarado à procura da Casa Municipal (antigo Palácio Real) onde o tão esperado Concerto de Natal iria ter lugar.

Chegámos, escolhemos as duas cadeiras da coxia, e aguardámos o início do concerto enquanto observámos atentamente a fabulosa sala de espectáculo, onde se destaca a impressionante cúpula de vidro. Esta é a principal sala de concertos de Praga.

Silêncio!... O concerto de Natal começa. Uma hora de excelente música clássica!!!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Missa do Galo... em Italiano... em Praga!

Depois do metro apanhado na Praça da Républca (que demorou a chegar) e do eléctrico em Mala Strana, lá cheguei ás 21h15 à Igreja da Vitória.

A Missa tinha já começado mas... o Menino Jesus não se zangou comigo. Sabe bem que eu gosto muitooooo Dele :-)

No final da Missa, celebrada em italiano (uma língua que gosto imenso), o Sr. Padre convidou toda as pessoas que estavam na igreja para irem a uma sala perto da sacristia a fim de petiscarmos qualquer coisa e assim continuarmos a festejar juntos o Natal.

Apreciei muito este gesto!

Aceitei o convite. Comi uma fatia de panetone (bolo de natal dos italianos) e bebi um copo de espumante.

Estavam lá também três brasileiros que ainda me convidaram para jantar com eles e depois regressarmos todos à igreja para a celebração da Missa do Galo, em checo, à meia noite. Simpáticos eles, mas acabei por recusar o convite.

Despedi-me do Menino Jesus de Praga e fui até ao hotel.

Teimosa como sou, ainda voltei a sair e fui ver se numa igreja perto do hotel havia Missa à meia-noite. Não, a igreja tava fechada :-(

Regressei ao hotel e comecei a ver a Missa que a Rai Uno estava a transmitir directamente do Vaticano. Nesse momento surgiu-me uma questão: porque é que nunca fui passar o Natal a Roma e fui à Missa do Galo à Basilica de S. Pedro?

Quem sabe se será no próximo ano...

Praga... 3º dia... Véspera de Natal

Combinei com a Prima de Praga irmos visitar hoje o Bairro Judeu, uma vez que a Guia ontem disse que no dia 24 de Dezembro os monumentos judaicos estariam abertos.

Lá fui eu, depois de um rápido pequeno almoço no hotel, encontrar-me com ela no Palladium.
Desta vez levei o Guia de Praga que comprei no aeroporto de Lisboa antes de embarcar.

Entre a leitura apressada do mapa que vem no Guia e as placas de sinalização existentes na Praça da República, resolvi seguir estas últimas.

Ora, se indica sinagoga para o lado esquerdo, então seguiremos as placas...onde estamos? Que torre é esta? Não estou a perceber népia!

Bem, vamos tirar partido da situação. A Torre, que entretanto descobriamos chamar-se "Jindrisska" pode ser visitada. Tem uma galeria, um restaurante e no último piso pode-se apreciar uma vista panorâmica da cidade. Vamos a isto.

A paisagem é deveras bonita. Só é pena mesmo que o céu se mantenha sempre cinzento.
O restaurante estava ainda fechado, só abre a partir das 11h.
A galeria de exposições estava aberta e tinha uma interessante alusão ao Natal. Entre o demais estavam uns comboios de Natal que faziam a delicia dos pequeninos.

Bem, vamos lá voltar novamente à Praça da República a ver se encontramos o caminho para o Bairro Judeu que nos haviamos proposto visitar.

Isto é uma vergonha, mas de facto não estou a atinar com os mapas hoje :-(

Ora, a Guia falou do Bairro quando chegámos à Praça Velha.. pois é, já sei onde estão as placas para as Sinagogas... lembro-me que ficavam junto à Igreja de S. Nicolau!

Desta vez acertámos :-)

Foi uma satisfação que não trouxe grandes resultados... afinal os monumentos judeus, contrariamente à informação que a Guia nos tinha dado, estavam todos encerrados dia 24 de Dezembro!

Desanimadas, fomos andando em dircção ao rio e ao Rudolfinum, também chamada casa dos artistas, onde têm lugar muitos dos pricipais concertos do Festival de Música da Primavera de Praga. Mas também este edifício estava fechado!

Continuamos junto ao rio Vltava em direcção à Ponte Carlos e a algum possível bar ou restaurante que lá houvesse para nos podermos aquecer e comer algo.

Um pouco mais à frente fomos interceptadas por um "marujo" que vendia bilhetes para um passeio num pequeno barco de madeira: "Circuito Veneziano", com duração de 45 minutos e incluía uma bebida quente.
Com a garantia de que o barco tinha ambiente aquecido, embarcámos nessa aventura :-)

Foi uma boa opção. Depois de um chá quentinho, tivemos possíbilidade de passar por baixo da Ponte Carlos e de a fotografar. Entrámos num pequeno Canal no Bairro Pequeno (Mala Strana). O Guia Marujo mostrou-nos fotos do rio completamente gelado, outras das suas cheias. Interessante!

Bem, chegou a hora de atravessar a famosa ponte Carlos a pé e de máquina fotográfica pronta a disparar. E lá fui eu "sacando foto" a cada uma das estátuas que "posam" para os paparazzis como eu :-)
Que falta faz um pouco de sol...

Chegadas a mala Strana, e após várias negas em alguns restaurantes que não estavam para aturar turistas num dia de consoada ás 15h, conseguimos finalmente arranjar uma mesa para duas, num aconchegante e típico restaurante ao lado da Igreja de S. Nicolau.
A Pilsner, recomendada pelo empregado, e o Goulash estavam muitissimo bons :-)

Já com o estômago aconchegadinho, resolvemos ir dar uma volta por Mala Strana.
A Igreja de S. Nicolau estava fechada.
Fomos até à Igreja da Vitória que a Cristina ainda não conhecia. Para meu espanto o Menino Jesus de Praga tinha hoje vestido um fato branco! Realmente fica bem mais alegre assim do que com o roxo do advento que ontem tinha vestido.

Entámos na sacristia e observámos calmamente a coleção de presépios que lá está, oferta de vários países, incluindo do meu (Zaire).

Pudémos ver também, num corredor mais à frente, desenhos feitos por crianças. Há miudos que se continuarem poderão chegar longe, tem jeito para o desenho.

Regressámos para a parte da igreja e detivémo-nos um pouco a rezar nos bancos aquecidos por pedras aquecidas. É um sistema bastante interessante e eficaz.

Continuámos o nosso passeio pelo Bairro Pequeno, metendo-nos pelas ruas estreitas e desertas junto ao rio, e pudémos ainda visitar uma modesta galeria de arte.

Atravessámos a ponte que fica à esquerda da ponte Carlos e que vai ter em frente ao Rudolfinum. Caminhámos até à Praça da Cidade Velha apreciando a cidade by night.

Escolhemos a esplanada mesmo em frente à Torre da Câmara, onde está o relógio astronómico, e aí ficámos a saborear um chocolate quente e um prato de doces checos :-)

Os turistas parávam à nossa frente para fotografar e filmar algo que se passava no relógio astronómico à hora certa, mas que até agora não descobrimos o que é :-)
Também não foi desta vez que conseguimos descobrir... o toldo da esplanada tapava-nos a vista e para além disso, quando eram 20h o antipático empregado que nos fez a conta "derrogou" à força toda com a questão de pagamento ou não com cartão de crédito:-(

Dirigimo-nos à Praça da Républica (onde havia o metro que eu precisava) uma vez que ás 21h eu queria ir à Missa do Galo. Esta, iria ser celebrada em Italiano na Igreja do Menino Jesus de Praga. Chegou a hora de desejarmos mutuamente uma Boa Noite de Natal.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Praga... 2º dia...

Hum... já?
Não posso acreditar,já são 7h40 da madrugada! Daqui a uma hora estará á minha espera alguém para me levar a fazer o city tour.

Hoje impõe-se levar a Canon comigo.

Depois de umas quantas voltas pela cidade, que me permitiram consolidar a impressão com que ontem fiquei de ter andado imenso a pé, chegámos à entrada do Castelo.
O número de fotos vai já avançado. Há que aproveitar o andar de "rabinho tremido" e "sacar foto" :-)

A Guia que fala inglês e espanhol é uma speedada! Não nos dá tréguas enquanto atravessamos toda a zona do Castelo. Não falta muito para que eu congele completamente. As mãos, apesar das luvas, já estão. Os pés também já me doem. Parte da cara já não a sinto :-(

A Canon coitada, também já se deve estar a zangar com a Guia.
Acho que ela deve ter ouvido o surdo reclamar da máquina fotográfica..."Depois de passarmos a Catedral de S. Vito iremos tomar algo quente a um cafézinho" Estas palavras formaram a frase que mais queria ouvir... finalmente vou ter possibilidade de recuperar a minha sensibilidade :-)

Este chocolate quente veio do céu! A Cristina, uma portuguesa que vivia em Macau ,mas que há cerca de 7 ou 8 anos se mudou para Moçambique, acompanha-me no hot chocolate.

À que continuar a visita. O autocarro amarelo espera-nos à saída do Castelo.

Chegámos à Praça da Cidade Velha. A sempre atenciosa Guia (que perguntava ao longo de toda a visita pela "outra senhora") despede-se e deseja-nos "feliz Navidad".

Eu e a Cristina decidimos ir ao Palladium almoçar.
Uma pizza é sempre uma alternativa a considerar quando não há mais do que 300 e poucas coroas no bolso...

Pois é verdade, aqui estas almas já se deixaram seduzir por um Concerto de Natal na Casa Municipal (a que nós teimosamente chamamos de ópera eheheh). O preço para a zona B era de 1.000 coroas, mas como a compra estava a ser feita com dois dias de antecedência, ficaria apenas por 900 coroas.

Resumindo e baralhando, fiquei a dever 500 coroas à Cristina que acabei de conhecer.
É preciso ter lata! .-)

Vamos aproveitar enquanto é de dia. São 15h. Vamos visitar as Igrejas da cidade Velha... Conseguimos entrar apenas na de S. Nicolau, visto que a outra estava fechada.

Tirámos umas fotos à Torre do relógio astronómico e ás barraquinhas de madeira dos comes e bebes.

"Até amanhã ás 10h, á porta do Palladium".

Segui para o metro e depois troquei para o eléctrico, até á Igreja do Menino Jesus de Praga.

Tão pequenino (afinal é o Menino Jesus!) e tão bonito!
Ajoelho-me e rezo a Oração que se encontra escrita em Português (é a nº 11) á minha frente.

Subo as escadas e vou ver o Museu onde alguns dos seus fatos estão em exposição: verdes, brancos, vermelhos, roxos.

Passo pela lojinha dos souvenires, mas é tudo muito caro.
Sigo em direcção à Sacristia e encontro uma colecção de presépios dos mais variados países do mundo. São ofertas devidamente identificadas com o país de origem.

"De onde vem? Qual a língua?" "Português" respondo eu. E continuo, dizendo que tenho já uma pajela.
O padre ignora o que eu disse, abre uma gaveta e dá-me um montinho de pajelas. Têm na parte da frente a foto do Menino Jesus de Praga vestido de vermelho com um manto branco. Na parte de trás da pajela está a mesma oração que rezei quando entrei na igreja e me ajoelhei frente ao Menino Jesus.

"É para distribuir na sua paróquia" afirma. Concordo e agradeço o gesto tão amável daquele que constato depois ser o Padre que reza a Missa em Italiano.

A Missa seria para mim igual a tantas outras se não fosse o local onde está a ser celebrada e o facto do Padre no "momento da Paz" se ter deslocado pela ala central da igreja e ter cumprimentado todos os presentes, chegando a manter um alargado diálogo com alguns que não conhecia. Não foi o meu caso pois já sabia que eu vinha de Portugal.

Eléctico nº 23 e hotel. Um merecido descanso antes do jantar no chinês que fica á saída da paragem de metro que serve o hotel.

Creme nas pernas e pés, uma massagem, pijaminha, um pouco de tv CNN, uma vista de olhos no guia de Praga e... até amanhã!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Praga... cheguei!

6h35... toca a levantar!

O avião que me levará a Praga (Républica Checa) não vai esperar por mim se eu não tirar a preguicite de cima.

O quê? Já são 7h15? Ai meu Deus!

Desço as escadas acelarada, com o meu fiel saco vermelho que comprei em Paris no dia 26 de Dezembro de 2003. Passo pelos "broncos" para deixar o "Tipo" na Garagem e apanho um taxi que me leva ao aeroporto da Portela.

Ckeck-in feito (voo TP 522), dirijo-me ao meu barzito para comer o mesmo de sempre (uma sandes e uma coca-cola).

Atravesso a porta 21 e entro no autocarro que me deixa à beira das escadas do avião.
"Bom dia!"... Ora bem, nº 13C... instalo-me, deixando ao meu lado o guia da American Express que comprei à pouco depois de ter terminado o pequeno almoço.

"Quer a minha salada?" Foi o suficiente para passar o restante tempo de voo a falar de experiências de férias com uma portuguesa que vive em Bruxellas e trabalha nos serviços da C.E..Vai passar o Natal a Budapeste com o filho, a nora e a netinha de 11 meses.

"Bom Natal e bom resto de viagem". 13h40, saio do avião e contemplo a neve e gelo que me rodeia do outro lado dos vidros. Afinal é mesmo Natal por estes lados!
Sim, é verdade, contra todas as previsões metereológicas, em vez de sol, vejo tudo branco. Cinco graus negativos tinha anunciado o comandante pouco depois da descolagem e confirmado antes da aterragem.

Troco euros por coroas enquanto aguardo pelo meu saco vermelho.
Compro um passe válido para 7 dias (a diferença do de 3 dias é minima) e para todos os transportes (metro, eléctrico e autocarro).

Aí vem ele, o nº 119 que me levará até ao metro.
Sempre orientada por um simpatiquissimo checo, para quem a canadiana não é impedimento para mostrar a sua hospitalidade, faço uma calma viagem admirando a paisagem que começa toda pincelada de branco mas que à medida que o centro da cidade se aproxima vai dando lugar ás restantes cores do inverno.

Linha verde, troco para a vermelha, e desço em I.Pavlov. Uns metros à frente e aí está ele, o Ibis Venceslau Square. Quarto nº 105, não fumadores.

Dou início à minha visita pela cidade apenas a uma paragem de metro de distância: "Museum".

A Amélia tinha razão quando comparou a Praça Venceslau com a Av. dos Aliados. É verdade, ao desce-la só faz mesmo lembrar a Invicta. Em vez da Cãmara Municipal temos o museu Nacional, com uma estátua de Venceslau a cavalo.
Restaurantes, snack-bares, hóteis, casinos, não faltando o tio Mac Donald's :-)

Uma paragem para um lanchinho (chocolate quente comido à colher e uma tosta mista).

Ao fundo da Praça Venceslau, um presépio em madeira e um conjunto de barraquinhas formam um pequeno bazar de Natal.

Que cheirinho... hummmm... que doces!!! Bolinhos diversos, passando pelas filhós e chegando ás "rosquinhas". Estas últimas são feitas com um bocado de massa que depois de ser esticada com as mãos em rolinhos, formando umas pequenas tiras, são enrroladas à volta de uns cilindros de metal, pinceladas com um molho doce (mel?) e passadas por açucar granulado. Os cilindros são depois colocados em espetos rotativos até que a massa esteja cozida. Demora poucos minutos até que estejam douradinhas e sejam depois cuidadosamente retiradas dos cilindros e entregues aos gulosos. Tenho que provar disto!

Vou andando apenas baseada no meu sentido de orientação e chego ao Teatro Nacional.

"Carlov Most?"
"On the right"
Já a vejo iluminada, destingue-se entre as demais.

Bazar dos cristais... acho que já sei o que vou comprar para a minha Mãe...

Começo a atravessar a famosa Ponte Carlos. É realmente linda e diferente tal como me tinha dito o João. É verdade, como me apetecia dizer-lhe isto...

Aprecio-a e tiro fotografias invisíveis a cada uma das suas estátuas, neste ambiente noturno e romântico provocado pela gélida calmaria que S. Pedro proporciona aos visitantes natalicios, aliada ás luzes amarelas dos holofotes.

Chego ao Bairro Pequeno (Mala Strana). Em frente, viro na 1ª à esquerda, conforme me havia dito a Amélia.
Ei-la! A Igreja da Victória, mais conhecida pela Igreja do Menino Jesus de Praga. Fechada? hummmm... não faz mal, venho cá amanhã à Missa das 18h que vai ser celebrada em Italiano.

Apanho o eléctrico para o centro da Cidade Nova. Vou-me continuando a aquecer nas lojas em que regularmente entro e demoradamente aprecio. Afinal, o objectivo é tentar não congelar :-)

Chego à Praça da Cidade Velha. Está na hora de enganar o estômago novamente, que já reclama por uma salsicha assada dentro de uma baguete com maionese e ketchup. Vinho quente? Não. Prefiro um copo de chá quente.

Partilho, de pé, a mesa com duas russas que apesar da sua nacionalidade estão com tanto ou mais frio do que eu. Não acho normal!

A Praça é e está muito bonita. Grandes arvores de Natal, super elegantes, anjos, barraquinhas de comes e bebes (para além das salsichas pode-se também encontrar espetadas de frango, crepes doces e uma variedade de outros doces, para além das sempre presentes "rosquinhas".

As estreitas ruas e arcadas da Cidade Velha são um regalo para os olhos qualquer turista.

São cerca de 22h, está um frio de rachar!

Chego à Praça da República, vejo um big centro comercial, "Palladium". Claro que vou entrar... :-)
Estes checos têm mesmo bom gosto! Fiquei fã até das casas de banho.
Isto sim, é qualidade.

As 23h chegaram num ápice. Não há tempo para cuscar tudo. Não faz mal, amanhã volto.

Agora é só mesmo apanhar o metro e ir até à minha caminha, que amanhã o dia vai também começar cedinho. Vida de turista é cansativa :-)

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

...

Apenas sei que estou triste...
Apenas sei que sinto um vazio...
Apenas sei que não consigo encontrar as palavras certas...
Apenas sei que gostava de não ter que ser assim...

mas...

Apenas sei que tem que ser assim!!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Foder e ir ás Compras - Teatro Politécnica

Yesssssssss... consegimos um lugareco para estacionar o carro!

Realmente, parece impossível, nunca tinha descoberto que havia aqui um Teatro. Eu, que já por duas vezes visitei o Jardim botânico! Não há dúvida que sou mesmo distraída :-)

Olha quem está aqui à porta toda encolhidinha, cheia de frio... A minha amiga Andreia. Está realmente bem mais magra!

Faço as apresentações (Andreia/Raquel/Luís) e toca a ir levantar os bilhetes.
Dão-nos um folheto sobre a peça. A foto a preto e branco e o meu nome impresso são para mim motivo de satisfação e orgulho! Acho que é normal, né? :-)

Fiz questão em voltar a ver a peça. A estreia vi-a em Novembro no CCB e agora venho ver a última exibição no Teatro Politécnica. É gira esta análise.

Entramos, sentamo-nos a meio da sala, e verificamos que o público não pára de encher a sala. Até os degraus estão a abarrotar!

Observações:
A sala estreita demais para o cenário, não o deixando brilhar, e limitando os actores na sua evolução em cena;
Demasiada luz em cena. Faz-me lembrar os ensaios;
Actores bastante descontraídos...;
Público que demasiadas vezes transforma uma peça "séria" numa comédia (será que chegaram a entender a profundidade da mensagem?).

Apesar de ter ficado, no conjunto do espectáculo, bastante aquém da qualidade que tive oportuninade de testemunhar no CCB, mesmo assim gostei de ter voltado a ver esta peça.

Dezasseis anos e meio depois...

Mais vale tarde do que nunca!

É verdade, passados mais de dezasseis anos o meu amigo Luís entra no prédio onde tantas vezes me deixou à porta...

Saíamos das aulas de Comércio Externo, pedia-lhe boleia para a Praça de Espanha, mas era mesmo só até à Praça de Espanha... "Nada disso, levo-te a casa. Até me calha em caminho" dizia-me ele enquando passávamos no seu Fiat Uno em frente à paragem do autocarro...sim, que a margem sul naquele tempo tinha por hábito divertir-se um pouco e mudar de localização geográfica (passando para perto da Amadora), sobretudo nos dias em que eu ía para o curso de Comércio Externo! :-)

Mas hoje, passado tanto tempo foi convidado a jantar em casa dos meus Pais. Argumentou, sem exito, que é Benfiquista, que é envergonhado, etc, etc.
Nada disso, deixa-te de tretas. Vens jantar comigo a casa dos meus papás e pronto :-)

Antes, porém, passámos pela minha casita para irmos buscar o Mamão que eu havia comprado para o fim de semana mas que nem lhe tinha ainda tocado.

Pergunta:
"Qual era a lâmpada que estava ou está fundida?"
Resposta:
"A do tecto da casa de banho"
Resultado:
Espreita, analisa, experimenta... Já está! Afinal era simples. Bastava rodar um dos três botões e pô-lo para o lado para se conseguir tirar o vidro. Depois foi só decidir se era a lâmpada verde ou rosa que me vai alumiar nos próximos tempos. Hummm... acho que a rosa vai ficar cá desta vez. Lâmpada rosa e vidro esverdeado... Mais parece ambiente de um salão de baile :-)

Afinal um homem faz falta em casa... mas só para algumas coisas... como arranjar leitores de dvd/video ou mudar lâmpadas de tectos de casas de banho... eheheheh

Chegámos então a casa dos meus Pais onde tivemos oportunidade de degustar um belo repasto composto por uma sopa de legumes, carne estufada acompanhada de puré com cenoura e ainda uma salada quente de ervilhas e cenouras. De sobremesa, o madurinho Mamão.

Bigada Mamy!

Pooofff... É a almofada do FCP que ofereci ao meu Pai este ano! Vê lá se ganhas juízo e mudas de clube :-)

São 22h10. Tá na hora de irmos andando. Temos que levantar os bilhetes, que ontem reservei, até ás 22h45.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Bar "Bora Bora"

Já para casa?
Tão cedo?
Nã, não pode ser!
"Que tal irmos ao "Bora Bora"", sugere o meu amigo? "Vamos", respondo prontamente.

Já lá estivemos uma noite o ano passado (ou terá sido no ínicio deste ano? Já estou a ficar gá-gá). Gostei do ambiente, da decoração, da imensa lista de bebidas com fotos dos recipientes em que são servidas e da descrição em forma de quase adivinha do seu conteudo e efeitos secundários :-)

Desta vez ficámos no piso de baixo. É sempre um prazer renovado apreciar a decoração polinésica deste bar.

Pronto, a indecisão instalou-se novamente nos meus neurónios depois de ler demoradamente o cardápio das bebidas. Que vou tomar? Gostava de experimentar aquelas que deitam fumo. São tão engraçadas e apetitosas à vista :-)

Nada disso, essas têm mais álcool e tenho que me limitar a uma bebida suave... não me posso esquecer que vou ainda passar a ponte para a margem sul e que a polícia poderá estar algures à espera de apanhar uma condutora que ao soprar no balão exceda o límite autorizado por lei.

Um "Palhaço", tem pouco ou nenhum álcool. Parece-me bem. venha ele com uma palhinha comprida à preguiçoso :-)
Os amendoins e as batatas fritas vão calmamente desaparecendo dos pratinhos, enquanto a nossa animada conversa decorre. Bem, animadérrima conversa e ruidosas gargalhadas chegam cada vez com mais frequência do grupo feminino que está sentado mesmo atrás de nós... os ingredientes das bebidas são mesmo de boa qualidade:-)

São 2h da manhã, o "papo" está bom mas é hora de regressarmos ás nossas casitas.

O meu amigo Luís continua a ser uma excelente companhia!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Restaurante o "Açoriano"

Depois de uma bela "seca" à minha espera (mas os homens foram feitos para sofrer), lá desci o elevador e me pirei dos "Broncos" para ir ter ao carro com o Luís.

Rumamos em direcção à Boa Hora, via Alcantara... não terá sido a melhor opção visto termos levado com o transito todo que seguia em direcção à ponte, mas paciência.

Enquanto eu reclamava insistentemente que tinha fome, ele ía-me contando a sua experiência de fim de tarde no seu novo dentista... homem sofre!!:-)

Nada como andar numa rua de sentido proíbido... sim, que o meu amiguinho gaba-se de ser muiiiitoooo cumpridor do código de estrada, mas... enfim, acontece aos melhores :-)

Mesmo em frente da Igreja da Boa Hora lá está à nossa espera no restaurante "Açoriano" a mesa reservada telefonicamente durante a tarde. "O mais perto possível da janela" havia solicitado o meu amigo. É que a vista sobre a Ajuda, a Ponte e o Cristo-Rei, não se deve perder. Os olhos também comem!

Comida... era mesmo isto que eu ansiava :-)
O queijo da Ilha cortado em cubinhos, a manteiga açoriana com alho e o pão quentinho são simplesmente deliciosos.

Por sugestão do empregado lanço-me na aventura de umas Migas do Espírito Santo.
Este prato (apenas servido no primeiro fim de semana de cada mês) é servido nos Açores aos mais necessitados, na sequência de promessas feitas pelos mais abastados quando se encontram em alturas problemáticas das suas vidas. Pode pois ser servido desde um número pequeno até a um número elevado de pessoas, consoante a promessa que foi feita.

O meu amigo, mais cauteloso, fica-se pela alcatara assada.

Aí vêm as Migas... hummmmm... que cheirinho apetitoso!
Ora vamos lá ver do que se trata então. Pois é, metidas num molho saboroso, estão as fatias de pão, a carne de vaca previamente assada, a hortaliça. Muito bom e em muita quantidade. Acho que dava para duas pessoas :-)

O vinho tinto de rótulo em tons de vermelho (eheheh) acompanha na perfeição ambos os pratos.

A conversa vai de vento em pôpa... é melhor bebermos um chá verde da Gorreana para a acompanhar...

A decoração simples e cuidada do espaço completa o ambiente para uma refeição bem conseguida.

Havemos de voltar, fica desde já prometido.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Missa Sétimo dia do Sr. Joaquim

Combino com a Amélia jantarmos juntas e depois irmos à Missa de sétimo dia do seu Pai (na verdade o sétimo dia foi ontem, mas o Sr. Padre da terra do Pai só hoje pode rezar a Missa, pelo que a filha resolveu acompanhar em Lisboa essa ordem de ideias).

Encontramo-nos no El Corte Inglês, damos uma voltinha para desanuviar e aproveitamos para jantar no snack bar / restaurante panorâmico que se localiza no último piso.

A seguir, dirigimo-nos à Igreja dos Mártires, na Rua da Vitória (baixa pombalina), onde se celebra diariamente (excepto no mês de Agosto) Missa ás 22h. O Santíssimo é Exposto e Adorado nas restantes horas do dia.

Temos oportunidade de rezar pelo Sr. Joaquim durante mais tempo que o previsto diante do Santíssimo, visto que a Missa excepcionalmente hoje começou uns 20 minutos mais tarde. O Sr. Padre teve um imprevisto e veio outro colega substituí-lo.

Saímos em Paz. A oração ajuda a acalmar e a consolar os corações que sofrem.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Entrega da prenda ao Sr. Ramos

Á hora habitual, por volta das 13h, lá estavamos nós no Restaurante "Último Porto" no Cais da Rocha do Conde D'Óbidos.

Hoje temos uma missão importante... dar uma alegria ao nosso simpático e castiço Sr. Ramos, que é um ferrenho adepto do Belenenses!

Fez anos no passado dia 23 de Novembro e merece uma prenda de aniversário pela sua sempre boa disposição e qualidade de atendimento. Diga-se em boa verdade que o colega Pedro também não se fica atrás, mas o "ciumento" do Sr. Ramos raramente nos entrega em mãos alheias :-)

Coloco a prenda, embrulhada num papel à maneira e com um belo laçarote, em cima da mesa do lado que se encontra vaga. Quando o Sr. Ramos chega e vê o embrulho percebe que existe uma elevada probabilidade dos seus assíduos e bem dispostos clientes lhe estarem a fazer uma surpresa.

Começo por o tentar enganar dizendo que a prenda é minha e que foi oferta do Luís. Fica atrapalhado pois percebe que topei a sua expressão de satisfação há momentos atrás. Rimos e depois de o fazermos sofrer um pouco comunicamos-lhe que afinal a prenda é mesmo para ele.

São muito engraçadas as expressões que se sucedem no seu rosto: satisfação, vaidade até, embaraço :-)

Como sabe que somos brincalhões, nota-se algum receio em abrir a pesada prendinha em público. Agradece, mas resolve adiar a abertura. Tem que trabalhar, diz ele desculpando-se.

Eis que chega o momento de nos trazer a comida.
Agora não se safa, o Luís obriga-o a abrir ali mesmo a prenda dado que ele também quer vê-la e ainda não teve oportunidade. Fui eu ontem que a comprei, em Portel.

Com todo o geitinho e sempre receoso, lá começa a abrir o embrulho... uma telha pintada à mão com o simbolo do seu clube, BELENENSES!!!

A alegria espelha-se no seu rosto.
"Vou coloca-la no hall de entrada da minha casa", informa-nos com os olhos a brilhar.
Afinal, fomos os únicos clientes que lhe demos uma prendinha.

Ele merece!

domingo, 2 de dezembro de 2007

Feira do Montado em Portel

Évora Hotel. Acordei, tomei o pequeno almoço e regressei ao quarto onde continuei a ler mais um pouco do livro que os meus amigos me ofereceram (Deixei o meu coração em África) enquanto fazia tempo para ir à Missa das 12h na paróquia de N.Srª Auxiliadora.

Depois da Missa, resolvi seguir a sugestão que a Amélia ontem tinha dado, ou seja, ir até Portel ver a Feira do Montado.

Confesso a minha ignorância, pensava que se tratava de uma feira essencialmente de venda de animais, mas afinal era muito mais do que isso.

Trata-se de um espaço onde para além de umas ovelhas/cabras/burricos e um pónei, há expositores com artesanato da região, petiscos, doçaria e licores.

Entrei, fiz em primeiro lugar o reconhecimento à área, e depois resolvi abancar e petiscar. Já eram mais do que horas!

Deliciei-me com uma sopa, um chouriço assado, queijo de nisa e pão alentejano.

Antes de sair da tasquinha, resolvi comprar um pão e dois queijos iguais aos que comi, para levar aos meus Pais :-)

Como mulher que sou, não podia vir embora sem gastar dinheiro... um banco e uma cadeira que vi acabar de fazer riram-se para mim! Ninguém se assuste, trata-se apenas de miniaturas :-)

Mais uns passos e páro frente a um expositor onde estão umas telhas penduradas. Três delas identifico-as com facilidade: FCP, Sporting e Benfica. Mas... e a outra? A que clube pertencerá? Nada como perguntar ao Sr. que simpaticamente me informa ser do Belenenses. Excelente! Era mesmo esta a resposta que queria ouvir.

É que o Sr. Ramos do restaurante onde almoço muitas vezes com o Luís é um adepto ferrenho do Belenenses e fez anos dia 23 de Novembro. Iiiupppppyyyyy, já tenho um aprendinha para lhe dar. Acho que vai adorar :-)

Pronto, tou satisfeita!

São já 16h20, é hora de regressar a Évora. Combinei com a Amélia ás 17h lá, para regressarmos juntas a Lisboa.

Quando chego a Évora, estaciono o "Tipo" à porta do Museu de Artesanato que por sinal tem ainda as portas abertas ao público.

Entro, pergunto quanto tempo em média demora a visita. Cerca de meia hora... Depois de falar com a Amélia faço umas contitas de cabeça e concluo que como ela ainda está um pouco atrasada vou ter tempo de dar uma vista de olhos ao Museu.

Foi uma óptima decisão que tomei. Fiquei com vontade de voltar outro dia para apreciar melhor cada peça e se possível tirar uma fotos.

E chegou a hora da despedida... um beijinho à D. Felismina e ao Sr. Luís... coragem nesta época díficil...

A viagem para Lisboa decorre bem dentro da medida do possível...

Uma paragem no abarrotado C.C.Vasco da Gama para um rápido jantar.

A etapa seguinte e igualmente dificil, a entrada em casa. Não consigo encontrar palavras para ajudar a minha amiga. É realmente triste!...

Antes de regressar á minha casa, aceito o convite do João para tomar um chá verde genuinamente japonês. Sabe bem, ajuda a descontrair e a desanuviar. Talvez eu não tenha sido a melhor companhia no final de mais um Domingo, mas...

Parabéns Simone!

Meia noite! Dia 2 de Dezembro!

Nem mais, é já agora... agarro no telemóvel (sei que não se deve fazer chamadas enquanto se conduz, mas não consigo perder este vício) e... está a chamar... Porreiro, vá lá atende... PARABÉNS Gorda!!!! :-)))

sábado, 1 de dezembro de 2007

Viana do Alentejo

14h... já chega de dormir!

Levanto-me, frito duas das chamuças que foram oferecidas (visto eu ter reclamado da qualidade das ultimas que comprei) pelos senhores indianos do 2º escritório do Luís :-) e meto-me no carro, rumo a Évora.

A Amélia e família estão no cemitério. Foram fazer uma "visitinha" ao Pai dela.

Tive a sorte de o conhecer o ano passado, no último dia do ano. O Sr. Joaquim era um Senhor bem simpático, assim como a sua mulher. Mostraram-me a casa deles em Viana do Alentejo e vi pela primeira vez um limoeiro que dá também laranjas. Não é qualquer um que o sabe fazer.

Fizémos um passeio de final de ano a Monsaraz onde havia um presépio em tamanho natural ao ar livre. Após apreciarmos o pôr do sol e a vinda da noite, no Castelo, resolvemos ir tomar um lanchinho num pequeno mas aconchegante café da aldeia.

Em Reguengos de Monsaraz visitámos uma interessante exposição de presépios. Fiquei toda satisfeita quando a meio da exposição encontrei um presépio igual ao que o Rui Matos me havia oferecido no Natal de 2005. Ainda antes de regressarmos a Viana tivémos oportunidade de passar no largo da Igreja onde junto à fogueira se aqueciam os mais novos já bem "quentinhos" :-)

Bem, voltando à actualidade, dei uma voltita pelo centro de Évora enquanto espero para ir ter a casa da minha amiga.

Nada como ir direitinha à lojinha de artesanato " Alforge" onde é quase garantido que vou encontrar mais um presépio de que vou gostar bastante e. vou juntar a outro pequenino feito em cortiça que lá comprei o ano passado. A minha colecção vai de certeza aumentar...

Chego à montra do "Alforge" e lá estão eles... tão pequininos e tão bonitos.

Compro um com as cores do Alentejo: azul e amarelo.

Continuo a subir a rua, viro à direita e descubro uma casa de chá. Excelente! A tosta mista e o leite com chocolate tapam o "buraco" que estava já no meu estômago. Sim, que as chamuças souberam a pouco para um almoço.

Tá na hora de ir até Viana do Alentejo... chego, compro uns bombons para as minhas amigas.

A minha amiga abre-me a porta, dou-lhe um sentido beijinho. Entro, vejo a D. Felismina e cumprimento-a com um beijinho, um abraço e umas festinhas na cabeça.

É tão triste estarmo-nos a reencontrar nestas circunstâncias... voltam-me à memória os acenos de despedida do simpatiquissimo casal a 1 de Janeiro, quando regressáva a Lisboa dando boleia à filha deles. Engulo em seco e esforço-me por esconder o que me ía na alma...

Vejo então o Sr. Luís, irmão da minha amiga, que também já havia conhecido no ano passado à porta de casa.

Sentamo-nos os quatro à volta da mesa que tem com braseira por baixo e que ajuda a combater o frio que se faz sentir. Falamos, falamos, e quando damos por isso são horas de jantar. Convidam-me a jantar com eles. Aceito. Assim posso ficar mais um bocado com os meus amigos.


Fico a conhecer por fotografias os restantes elementos da familia. O mais novo tem 9 meses. Muito bonito o menino. É neto do Sr. Luís. Pois é, pensando bem, a Amélia é tia-avó! :-)


"Vamos tomar café com a minha sobrinha?" "Vamos", respondo prontamente. E lá fomos nós. Decidida (sim, pareceu-me que é uma das principais caracteristicas dela) convida-nos para entrar. Casa bonita a dela.


No final do cafézinho tomado num pequeno mas agradável bar (esteve-se bem) chegou a hora de cada uma regressar a casa. Pela minha parte, o Évora Hotel espera-me.