quarta-feira, 21 de maio de 2008

"Quadrar a Roda"

Depois de uns belos petiscos (caracóis entre outros) em Odivelas, fui com o Rui até ao Centro Cultural Malaposta. A exposição patente sobre máscaras era interessante e ajudou a esperar pela abertura do Auditório.

Bilhetes entregues, entramos e tinhamos como observador um actor... Entretinha-se a observar o público na sua azáfama de encontrar o lugar definido no bilhete.

TEATRO|CIRCO: QUADRAR A RODA, de Jens Altheimer

Um homem encontra-se num espaço desconhecido, constituído por aparatos estranhos e bolas em movimento. Ele, um intruso que, do exterior, por culpa própria, penetrou involuntariamente neste espaço intimista e insinuante. A sensação de estar no momento e no local errado. Suspenso no ar, a ideia dum convite. Participar na dinâmica dos aparelhos. Uma sedução, feita por mecanismos. Ele deixa-se envolver nos jogos excêntricos de manipulação de bolas e nas lógicas disfuncionais das máquinas. Encontra novas associações entre ele e este mundo feito de construções cheias de movimentos e sons moldáveis. Encontra também o seu próprio movimento a integrar-se nas propostas dos aparelhos, no rolar e lançar das bolas. Surge uma espécie de comunicação improvável entre ele e o mundo - não vivo à volta dele. Dum simples reagir, ele avança para propostas próprias, que complementam ou provocam os aparelhos. Este universo, que se adapta a ele com facilidade e vice-versa: será que estava aí, feito para ele, sempre à espera dele? Um mergulho para dentro de si? Esta será a moldura, dentro da qual o espectáculo vai utilizar e entrelaçar vários domínios artísticos e técnicos bem como lançar vários temas. O que se pode passar:
Quando processos e rotinas, que pensamos conhecer muito bem, de repente funcionam de forma totalmente diferente? Quando objectos quotidianos ganham outra vida? Quando equilíbrios fixos se perdem e se tornam em precários equilíbrios dinâmicos? Quando aparelhos complicam a vida?


Muito interessante e diferente de tudo o que tenho visto. Recomendo!

Ah, é verdade... obrigada Andreia :-)

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