sábado, 16 de fevereiro de 2008

À descoberta de Stª. Maria... Sal

Céu nublado :-(

Pequeno almoço buffet (pão, ovos, salsichas, grão, feijão, panquecas, chocolate derretido, manteiga, doce de goiaba, fruta, sumo de goiaga... coisinhas leves eheheh).

Passo pelo quarto para ir buscar o meu inseparável "pullover azul do Amândio" (a minha Mãe não queria acreditar quando há dias lhe disse que ainda o tinha e que o ía trazer para Cabo Verde :-)) e vou passerar para a praia. Sim, quero ver como é a praia da Ilha do Sal.

Com pouca gente devido à ausencia de sol, tranquila, com as pequenas ondas de um mar que termina em azul turqueza e que se espalha pela areia um pouco manchada de escuro. Vou caminhando para a direita, em sentido oposto ao centro de Stª Maria.

À minha frente alguns turistas procedem da mesma forma. A brisa que se faz sentir alinmenta o cenário que tem como principais estrelas um casal de idade avançada que caminha lentamente sobre a areia húmida, com a ajuda das suas bengalas.
São as profundas marcas das bengalas que juntamente com as leves pegadas fazem um quadro digno de ser fotografado... Deixei a máquina no quarto :-(

Enquanto observo as pegadas à beira mar, deparo-me com um pássaro. Um pássaro de pernas muito finas, bico comprido e muito ágil. Fico parada a apreciar a sua perícia a bicar a areia e apanhando alguma comida que aos meus olhos é imperceptivel.
E vai e vem... conforme as ondas avançam e recuam sobre a areia.

Olho para trás e vejo uma senhora que também vem andando e apreciando o bailado gastronómico do passarinho.
Sorrimos, comentamos, apresentamo-nos e seguimos juntas à beira mar, falando, falando sem fazer uma pausa :-)

Já cansada de tanto andar (não estou habituada a andar a pé) sugeri sentarmo-nos num dos bancos existentes na passadeira de calçada que facilita o acesso aos diversos hóteis e termina no inicio do centro urbano.

Passamos pelo Belorizonte onde aproveitamos para fazer umas compritas (uma "Maria que leva água" (10€); um corno de vaca pintado (10€); um quadro pintado com areia da "mulher preparando cachupa" (2,5€).
Recebo uma mensagem no telemóvel e leio-a. O vendedor ao ver o meu finissimo telemóvel, recém adquirido em Portugal, fica encantado e quer fazer negócio comigo.
"Dou-te 50€ pelo telemóvel". Hummm, não sei se o venda, mas se to vender só será no último dia antes de ir embora, respondo.

Dado que a Ana Maria (assim se chama a minha nova Prima de Cabo Verde) está alojada em regime de tudo incluído no Hotel Djadsal, resolvo ir lá também almoçar.

Aproveito para depois de almoço ir ver a lojinha de artesanato deste hotel e compro uma bolsinha para o telemóvel feita de trapos com o simbolo de Cabo Verde, a tartaruga (8€). Não saio sem trazer também um pente esculpido em madeira de pau preto, com o formato de uma palhota no topo (5€).

Vamos dar uma volta ao centro de Stª Maria, uma vez que o tempo se mantém encoberto. Paramos em quase todas as lojas que encontramos, mas eu alego sempre aos vendedores e artistas que só farei compras no último dia :-)

Passamos junto à igreja da Paróquia de Nossa Srº das Dores. A porta está aberta e ouvem-se cânticos. Entramos. está a ser celebrada uma Missa para Crianças. O Padre, com sotaque brasileiro, é condescendente com a inquietude dos miudos. a Irmã que dirige o coro, bem disposta, tem sucesso na sua tarefa.

Resolvemos ficar até ao final da Missa, que estava agora no Envangelho. No final e antes de sairmos, a Ana comove-me com um beijinho e um desejo de paz.
Saímos e continuamos a percorrer as ruas, entrando nas lojas que encontramos. Há verdeiras obras de artes! Os acabamentos das peças de artesanato são de grande perfeição.

No supermercado onde acabo por comprar uma garrafa de água portuguesa, estava a sua proprietária que tinha chegado em Dezembro vinda de Lisboa. Morava em Telheiras.

Mais à frente estava um grupo de ingleses num bar/pub a torcerem, de canecas de cerveja na mão, pelo Arsenal que ganhava largamente ao Manchester :-)

À noite, por volta das 21h15 encontrei-me com a minha Prima no Novorizonte (onde jantei um belo repasto composto entre outros pratos, de arroz de marisco, pasta, bolinhos e doces) e fomos ouvir música ao vivo no Restaurante Salinas do Belorizonte.

O cantor variava entre a música cabo verdiana (ex: Cesária Evora), brasileira (ex: "Morango Nordeste"), francesa, e outras internacionais (ex: "beja-me mucho").
Os animadores, tentaram convencer o público a participar num pézinho de dança (alguns não precisavam sequer de ser convencidos nem convidados eheheh).

Seguiram-se longos e interessantes jogos disputados entre animadores e público, e outros conjuntamente.
Foi uma noite espectacular. Há tanto tempo que não me ria assim, com vontade, com alegria, alheia a qualquer problema da vida.

Como preciso de momentos destes!

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