domingo, 10 de maio de 2009

F.C. Porto-Nacional, 1-0 Tetramagníficos

FICHA DE JOGO

Liga, 28ª jornada
10 de Maio de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 50.309 espectadores

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)
Assistentes: Rui Licínio e João Silva
4º árbitro: Cosme Machado

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap» e Cissokho; Tomás Costa, Fernando e Raul Meireles; Mariano, Lisandro e Rodríguez
Substituições: Tomás Costa por Farías (46m), Fucile por Sapunaru (75m) e Raul Meireles por Andrés Madrid (81m)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Stepanov e Hulk
Treinador: Jesualdo Ferreira

NACIONAL: Bracali; Patacas «cap», Maicon, Felipe Lopes e Alonso; Leandro Salino, Cléber e Luís Alberto; Ruben Micael; Nené e Mateus
Substituições: Ruben Micael por João Aurélio (54m), Luís Alberto por Fabiano (59m) e Leandro Salino por Miguel Fidalgo (80m)
Não utilizados: Douglas, Bruno Amaro, Haliche e Nuno Pinto
Treinador: Manuel Machado

Ao intervalo: 0-0
Marcador: Bruno Alves (48m)
Disciplina: cartão amarelo a Nené (20m), Felipe Lopes (31m), Lisandro (34m), Patacas (90m), Raul Meireles (90m), Fucile (90m), Cissokho (90m)


Brilho, muito brilho no relvado, emprestado por uma composição de milhões de confetis cintilantes lançados da cobertura do estádio, condensou, num cenário inebriante, feito de vozes e cor, a trajectória portista na Liga, farta em fulgor, chama, coragem e vigor, entretanto reproduzidos no esmero de um lance que deu a vitória sobre o Nacional. O F.C. Porto é campeão. Tetracampeão. Por isso jorrou o champanhe.

A intenção, manifestamente pública, foi reiterada em menos de quatro minutos e seria secundada repetidas vezes, depois de um primeiro sinal de Lisandro, que quase marcou num remate cruzado. A determinação e a audácia com que o F.C. Porto voltara a correr para o título, assim que autorizado pelo apito inicial do árbitro, fazia depender o êxito de pormenores.

A missão, igual a tantas outras que fizeram um percurso fantástico, de compromisso e superação, exigia «apenas» perfeição, um desenho primoroso, como o que produziria a vantagem na cabeça de Bruno Alves, que mais não fez do que corresponder a um gesto semelhante de Raul Meireles, num lance feito de telepatia absoluta.

Pela primeira vez em meses de futebol no Dragão, o F.C. Porto não jogava «sozinho». Previsivelmente arrojado, como fora calculável a inibição de um punhado de opositores particularmente determinados em negar a essência do jogo, o Nacional iluminou o espectáculo e glorificou a proeza portista, reclamando o melhor do tetracampeão.

Embalada pelo delírio da plateia, a equipa de Jesualdo correspondeu às exigências do desafio, alargando o brilho a cada gesto e estendendo-o de um extremo ao outro do relvado, num desempenho irrepreensível de todos os executantes. Às 22h07, depois de umas quantas ameaças de golo, o F.C. Porto era campeão. De novo. E com duas jornadas ainda por disputar. A questão do título fica encerrada, mas o espectáculo ainda não acabou.

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